segunda-feira, março 28, 2005

Pessoas complicadas: uma praga e uma inocência (30 de março de 2005)

Antigamente eu dizia que odiava pessoas complicadas. Hoje é racionalmente impossível eu dizer isso. Mas eu odeio ter me tornado um ser complicado (e preste atenção: complicado não é nem de longe a mesma coisa que complexo). Então num raciocínio interessante desenvolvido com a Mariana (de BH, não a da faculdade) cheguei a uma conclusão, mas não vou entregá-la agora porque parecerá absurda. Acompanhem:

Ninguém nasce complicado. A complicação surge ao longo da vida ( e dos hormônios hehe). Mas normalmente nos tornamos complicados por causa de outra pessoa já previamente complicada que toma importância para nós. Uma espécie de praga? Não.. mais parecido com os vampiros.. Pra quem não sabe, se nós matarmos o vampiro-mor, aquele que nunca foi humano, todos voltam ao normal. Sim, os complicados são inocentes. Temos que caçar e acabar com o complicado orginal, o primordial, esse maldito que introduziu conceitos como "excesso de auto-análise", "depressão", "dependência" e outras coisas nas nossas vidas, e tornou a felicidade algo quase utópico, ou que não pode ser atingida depois q você passa de um certo ponto de complexidade.

Caça ao vampiro-mor, eu conclamo vocês agora! heheheheh

P.S.: Agora resta uma pergunta: Se os complicados "pessoais" sumissem, voltariamos a ser simples?

(Eu tenho noção da quantidade de falácias, sofismas e pensamentos puramente idiotas que existem neste texto, mas foi só uma tentativa de brincar com o que é sério, não quero ofender nem ferir ninguém =D)



Febre e Falta de Criatividade

Pessoas que visitam esse blog! Eu sei que faz tempo que eu não atualizo com nada interessante, e hoje não será prova de que esse meu lapso de criatividade passou.. infelizmente! Não tenho conseguido desenvolver idéias novas e tenho estado muito ocupado. Inclusive vai aqui uma desculpa formal para os meus amigos tanto de msn quanto da vida real, mas tem sido fisicamente impossível estar presente (para alguns) ou manter a mesma frequência de presença.. Lembrem-se que mais importante do que a quantidade de vezes que nós nos vemos é a qualidade dos nossos encontros! E, de qualquer forma, essa é uma fase temporária, daqui a pouco eu volto ao normal.. Não desistam de mim! hehe..

To com febre agora.. (nossa isso foi muito "meu querido diário" haha) talvez isso explique a falta de conteúdo criativo. Também espero que isso passe..! Aqui vai então uma atualização cultural basica:

Top 5 CDS:

1- Shaaman - Reason
2- Angra - Angel's Cry
3- Rammstein - Herzeleid
4- Shaman - Ritual
5- Kiko Loureiro - No Gravity

Estou Lendo: Além de uma quantidade absurda de material de direito hehe, estou tentando ler O Retrato de Dorian Gray

Estou jogando: Po.. nada hehe, se bem que na páscoa eu joguei ping-pong uhauahuah.


*Trilha Sonora - Shaaman - Iron Soul*

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terça-feira, março 15, 2005

Embriaguem-se

Charles Baudelaire


É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo
horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem
descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão
morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao
vento, à vega, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que
gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o
pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos
martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso" Com vinho, poesia ou
virtude, a escolher".



*Trilha sonora - ShaAman - Trail of Tears*

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quinta-feira, março 10, 2005

Fumaça e Espelhos, ou A Ilusão do MSN e do Orkut...

Façam um exercício de imaginação. O seu computador, essa maquina que jaz a sua frente neste momento desaparece. Puf! Como num passe de mágica, forças maiores que você te proíbem de usar msn, visitar paginas de internet, e mexer no tão amado Orkut. O que você faz? Desespera-se? Pula da janela? Priva-se durante meses para poder comprar outro?

Bom, eu sugiro que você primeiramente se ajoelhe e agradeça a essa força misteriosa que te abençoou. Agora, você será menos instável, mais tranqüilo e quem sabe ate feliz. Ou pelo menos era assim que eu me sentia quando não estava... Bem... Como eu estou agora.

Tudo mudou quando eu entrei na faculdade. Eu tinha passado Sete meses quase que totalmente excluído destas coisas (sim, eu já tinha orkut, mas era na fase “cult” dele, que não se aplica a este caso) e, na boa, eu era feliz. Não precisava saber como toda a minha lista estava, não precisava ficar bisbilhotando o scrapbook de terceiros (e não me digam que é só “não olhar” porque vocês sabem que não é) podia, inclusive, pasmem: Ficar todos os dias de semana sem mexer no PC, sem ligar pra ninguém, fazendo minhas coisas pessoais, sozinho comigo mesmo, e ainda dormir tranqüilo e satisfeito.

Mas a febre do msn me pegou. A febre do “orkut de relacionamento” me pegou... E eu virei fã dessas duas emulações de contato humano. E sim, aquele velho rapaz equilibrado foi aos poucos virando uma coisa do passado. Ótimas conversas no msn, scraps carinhosos no orkut, tudo isso fazia eu ganhar o dia. Muito bom. Amizades verdadeiramente engrandecedoras no mundo virtual me davam segurança, sentimentos bons. Sentimentos verdadeiros, provindos de relações de faz-de-conta. Porque quando não era bem assim... Quando o msn causava mal entendido, quando alguém não estava bem, quando eu passava os limites de “saber da vida dos outros...” o sentimento também estava lá. Negativo, me jogando para o outro extremo. Um ioio emocional sendo jogado de um lado para o outro por motivos que simplesmente não existem, que são - como diria meu amigo Renato – apenas códigos em binário.

E o pior de tudo... Passei a dar mais valor pra esse castelo de cartas do que para aqueles que estavam REALMENTE do meu lado. Então o que eu aprendi com isso? Que o orkut e o msn me tornaram alguém instável, injusto e ilusionário. Que merda não?

Mas eu entendi. Essas são coisas fáceis. Principalmente o msn... É um mundo idealizado, relações idealizadas. Você tem tempo pra pensar no que vai escrever, não lê as reações físicas da outra pessoa, não julga nada alem de palavras, e geralmente só o usa (e as outras pessoas também) quando está com vontade, se sentindo expressivo. Sem ataques de mau humor, sem cara feia, sem tristeza real, alias sem nada real... Por isso é tão atraente, a realidade machuca não?

Na verdade nem tanto, não quando você tem aquele precioso tempo para estar consigo mesmo, para ter a sua base. Mas hoje nós temos medo de estar conosco, totalmente sozinhos. Temos medo de perceber a nossa insignificância ou talvez de encarar os nossos desafios pessoais... Por isso eu me proponho (sim ME proponho, eu não quero converter ninguém) a minimizar estas duas chagas, essas duas maldiçoes da minha vida. Se vocês não me encontrarem com tanta freqüência, já sabem. Estarei procurando aquele rapaz equilibrado. Espero que encontre.

Felipe Barros Oquendo,

Rio de Janeiro, 10 de março de 2005.

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domingo, março 06, 2005

Preconceito Cultural



De uns tempos pra cá, desde que saí do São Bento, descobri que eu sou um preconceituoso. Sim, preguem-me numa cruz e taquem fogo! Eu sou politicamente incorreto. Mas não é um preconceito racial ou algo que seja óbvio aos sentidos. Eu sou idiota, mas nem tanto. O meu preconceito é o cultural.

O que você imagina como preconceito cultural? A disputa entre classes e etnias? A imposição da cultura norte americana atual, apoiada pela mídia? Sim, você está certo, mas eu quero que você pense "menor". Existe preconceito entre você e a pessoa que está ao seu lado. E como ele se manifesta? Na diferença de opiniões, sobre coisas cotidianas como música e TV.

Eu experimentei isso muito bem nesse citado período. Ele foi marcado por uma certa insegurança com as mudanças e a mobilidade da minha ultra sólida rotina. Como resultado eu passei a ouvir mais as pessoas que me indicavam coisas há muito tempo, e pra quem eu simplesmente não dava ouvidos. E pude perceber a graça da tão falada mente aberta.

Dois exemplos que eu posso dar de cara é o meu gosto por metal melódico e o meu vício em uma série de TV: Dawson's Creek. Bom, metal melódico é um super estilo dentro do metal, até superpopuloso se você me perguntar. E sim, tem muita coisa boa e muita coisa ruim como em todos os outros.

Agora, Dawson's Creek. Eu tinha mais de mil motivos para detestar por antecipação essa série: super mainstream, famosa demais, sentimental, passa no Sony (hehe), a maior parte do público é de mulheres.. enfim. Mas quebrei a cara. O roteiro é leve, bem escrito, cai muito poucas vezes no clichê, os diálogos são em maior parte sensacionais, e o realismo da série é um tanto assustador: Relações humanas, se não conseguimos entendê-las vamos pelo menos pensá-las.

Mas enfim, esse não é um post propaganda sobre as duas coisas citadas. É uma tentativa de mostrar a importância da inteligência na percepção das coisas. Esqueçam o clichê da "mente aberta". Saber aprender com os outros é sinal de inteligência e nada mais. E não esqueçam de manter o bom senso sempre, os padrões de qualidade serão a sua base imutável. E como sempre: o importante e se divertir e aprender, pra que a gente vive, afinal?

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